Klaus Peklo, especialista em bioengenharia e membro do projecto ECOMED aceitou o nosso convite e visitou a área ardida da Mata da Margaraça. O objetivo desta visita foi perceber a dimensão da erosão do solo após o fogo de 2017 e delinear estratégias e soluções para resolver este problema.
O fogo de outubro de 2017 afetou grande parte da Mata da Margaraça. Desde então diversos fenómenos de erosão tornaram-se evidentes, incluindo diversos desmoronamentos, alguns dos quais de grande dimensão. A bioengenharia é uma disciplina técnico-científica que combina conhecimentos de engenharia e de biologia, utilizando a flora e as comunidades vegetais com o objetivo de proteger o solo e as infraestruturas. O projeto ECOMED tem como objetivo gerar um programa teórico-prático setorial, essencial para o processo de especialização do setor de Ecoengenharia do Mediterrâneo. Através desta visita foram criadas sinergias e intercâmbio de conhecimentos entre estes dois projetos europeus (LIFE e ECOMED), que trouxeram novas perspetivas e contributos para a gestão das áreas Life-Relict, mas também para a gestão da Mata da Margaraça como um todo.
Para além da equipa do Life-Relict, estiveram ainda presentes o professor João Almeida Fernandes (Universidade de Évora), os Doutores João Boléo e Silvia Neves da Paisagem Protegida da Serra do Açor (ICNF) e Artur Costa e Alexandre Silva do Município de Seia.